Rolex Sea-Dweller

Com uma estanqueidade até 1.220 m de profundidade, o Sea-Dweller é um dos relógios mais robustos da Rolex. Graças à válvula de hélio, este relógio de mergulho está inclusive preparado para o mergulho em câmaras de compressão/descompressão. O Sea-Dweller Deepsea – um dos maiores relógios do catálogo da Rolex com os seus 44 mm de diâmetro – garante uma estanqueidade até aos 3.900 m (390 bares) de profundidade. Lançado por ocasião do 50.º aniversário, o modelo com a Ref. 126600 é especialmente popular. Conta com uma caixa de 43 mm e apresenta a inscrição Sea-Dweller a vermelho no mostrador, razão pela qual foi apelidado de "Single Red". Além disso, inclui uma lupa Cyclops, uma estreia nesta coleção.

O Sea-Dweller lançado em 1967 foi inspirado no Submariner, apresentado pela marca 14 anos antes. Os primeiros protótipos, desenvolvidos antes de 1967, são extremamente raros e muito cobiçados pelos colecionadores, apesar do preço elevadíssimo. O Sea-Dweller é um relógio de mergulho clássico com uma luneta rotativa unidirecional e ponteiros luminescentes. A caixa é fabricada em aço 904L, um tipo de aço com um elevado teor de níquel e molibdénio que é utilizado, por exemplo, na construção de instalações offshore por ser extremamente resistente à corrosão.

O Rolex Sea-Dweller Ref. 126600 de 2017 ronda os 11.900 euros, novo. Como se trata de um relógio muito procurado, o preço praticado online encontra-se acima do preço oficial de catálogo, custando cerca de 1.500 euros mais. Em contrapartida, não terá de passar pelas longas listas de espera do comércio tradicional. Se comprar o seu Sea-Dweller online, este chegará rapidamente às suas mãos. A introdução da Ref. 126600 marcou o final da produção do Sea-Dweller 4000 Ref. 116600, lançado em 2014. Se, até 2017, este modelo custava menos de 8.000 euros, novo, atualmente o seu preço ascende aos 10.700 euros. Um exemplar usado ronda os 10.000 euros. Portanto, se adquiriu o modelo com a Ref. 116600 nos últimos anos, fez um excelente negócio.

O Rolex Sea-Dweller Ref. 16600 , que foi produzido entre 1988 e 2008 e depois substituído pelo Deepsea, teve também uma enorme valorização: no espaço dos últimos cinco anos, os exemplares usados aumentaram cerca de 1.000 euros e os novos quase 2.000 euros. Um relógio novo custa atualmente mais de 9.200 euros, enquanto um usado custa cerca de 6.300 euros.

Com os seus 44 mm de diâmetro, o Rolex Sea-Dweller Deepsea é um dos maiores relógios do catálogo da Rolex. Os modelos com a Ref. 116660 e mostrador preto rondam os 10.300 euros, no caso dos exemplares novos. Já os usados rondam os 8.300 euros. O preço de um relógio novo online é inclusive algumas centenas de euros mais baixo do que nas relojoarias. Não obstante, o potencial de valorização desta peça é garantido, como acontece com quase todos os Rolex.

Um dos modelos Sea-Dweller mais populares é o Deepsea D-Blue, lançado pela marca em 2014. Esta edição especial dispõe de um mostrador azul e preto e foi lançada em homenagem à viagem realizada por James Cameron, em 2012, à Fossa das Marianas. O realizador e explorador levou consigo um Deepsea Challenge, um protótipo concebido para suportar profundidades até 12.000 metros. O Deepsea D-Blue conta com um mostrador preto e é estanque até aos 3.900 m de profundidade (390 bares). Um exemplar como novo custa cerca de 11.900 euros e um usado cerca de 11.300 euros.

Os modelos vintage mais populares do Rolex Sea-Dweller são, sem dúvida, as referências dos anos 1960 e 1970. A Ref. 1665 "Double Red" com a inscrição "Sea-Dweller Submariner 2000" a vermelho é particularmente cobiçada e, naturalmente, muito rara. Os preços de um exemplar usado rondam os 23.200 euros e têm vindo a aumentar continuamente nos últimos anos. O "Great White", cuja referência é também 1665, não possui a inscrição a vermelho no mostrador. Ao invés, passou a contar com a inscrição "Sea-Dweller 2000ft=610m" a partir de 1977. Tirando algumas exceções, o "Great White" tem um preço mais acessível do que o "Double Red". Um exemplar em bom estado de conservação custa geralmente menos de 20.000 euros. O "Great White" foi também o último Sea-Dweller a vir equipado com um vidro plexiglass.

A Rolex introduziu o vidro de safira com a Ref. 16660, também conhecida pela designação "Triple 6". Inicialmente, a manufactura genebrina oferecia este modelo no seu catálogo paralelamente com a Ref. 1665. Com uma estanqueidade de até 1220 m (122 bares), era duas vezes mais hermético do que o seu predecessor, mas também mais volumoso. No seu interior batia o calibre 3035, um calibre de elevada frequência e com função de ajuste rápido da data, que substituiu o calibre 1575. Um "Triple 6" custa, usado, cerca de 7.900 euros.

Todas as versões do Sea-Dweller apresentam uma janela para a data posicionada às 3 horas, sem a lupa Cyclops. A versão base surge com um mostrador preto com ponteiros e índices revestidos com a matéria luminescente Chromalight, complementado ainda por uma luneta preta unidirecional em Cerachrom com marcações gravadas. O ponteiro das horas – conhecido pelo ponteiro Mercedes – apresenta a típica massa luminescente tripartida na ponta a fim de lhe conferir visibilidade quando este se encontra sobreposto pelo ponteiro dos minutos. O material luminescente utilizado pela Rolex emite uma característica luz azul, proporcionando uma excelente legibilidade no escuro. Esta luz tem a particularidade de ser de longa duração, ao contrário da SuperLuminova que é usada na maioria dos relógios de mergulho de outras marcas.

Em 2008, o Deepsea veio substituir o lendário Sea-Dweller original. A inscrição "Sea-Dweller", porém, manteve-se intacta no mostrador, surgindo agora ao seu lado o nome "Deepsea". Afinal de contas, a Rolex é uma marca cuja filosofia assenta na continuidade. A característica mais marcante do novo modelo é, sem dúvida, o poderoso diâmetro de 44 mm, em comparação com os anteriores 40 mm. E porque a forma segue a função, o salto para os 44 mm de diâmetro da caixa fez-se acompanhar de inovações técnicas que garantem uma estanqueidade até aos 3.900 metros de profundidade , o equivalente a uma pressão de 390 bares. Para se ter uma ideia da magnitude deste valor, basta dizer que a maioria dos relógios de mergulho do mercado são estanques até 200 metros.

Para resistir à enorme pressão que reina a uma profundidade de 3.900 m, a Rolex desenvolveu uma arquitetura de caixa patenteada designada Ringlock. Esta é composta por três elementos: um anel feito de um metal especialmente tratado com nitrogénio que garante a distribuição da pressão inerente às profundezas. A este são enroscados o vidro de safira convexo de 5 mm e o fundo de titânio, que tem a vantagem de se moldar e reverter à forma original. A coroa Triplock, com tripla impermeabilidade é, por fim, enroscada à caixa.

Quando o mergulhador desce a grandes profundidades, entra numa câmara de compressão/descompressão, onde a pressão ambiente é igualada à pressão da profundidade onde deverá ser realizado o mergulho. Nesse período de compressão/descompressão, respira uma mistura de oxigénio, hidrogénio e hélio. Ora, por mais herméticos que os relógios sejam, os minúsculos átomos de hélio conseguem penetrar no relógio. E como não conseguem escapar da caixa suficientemente depressa aquando da redução da pressão exterior, existe o risco de o vidro poder saltar. Para resolver este problema, a Rolex criou a válvula de hélio, que permite deixar escapar os átomos de hélio. Esta aciona-se automaticamente tanto no Deepsea como no Sea-Dweller 4000. Noutros relógios de mergulho, como o Seamaster Planet Ocean, esta é acionada manualmente.

A segunda parte do nome do Sea-Dweller 4000 remete precisamente para a profundidade máxima que este relógio pode alcançar: 4.000 pés, ou seja, 1.220 m – uma profundidade a que só os mergulhadores profissionais poderão descer. Afinal, este relógio descende de uma linha de "mergulhadores" profissionais estreada com o protótipo Deepsea Special, que em 1960 desceu até aos 10.916 metros na Fossa das Marianas.

O mecanismo automático que alimenta o Sea-Dweller Deepsea é o calibre 3135. Já o "Single Red"de 43 mm lançado em 2017 é animado pelo calibre 3235, que conta com uma reserva de marcha de 70 horas. Ambos os movimentos dispõem de data com mudança instantânea e ajuste rápido e de função stop-seconds que permite parar o ponteiro dos segundos, para um ajuste preciso da hora. Ambos são reputados pela sua precisão cronométrica e certificados pelo Controlo Oficial Suíço dos Cronómetros (COSC).

O que os Sea-Dweller da coleção atual têm em comum é a luneta giratória unidirecional em cerâmica . Esta só pode ser girada no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio, garantindo que o mergulhador nunca possa inadvertidamente alterar o tempo de mergulho. As graduações e os algarismos são revestidos a platina.

A origem do modelo profissional Sea-Dweller está intimamente ligada à histórica parceria da Rolex com a COMEX (Compagnie Maritime d’ Expertises), a primeira empresa do mundo especializada em engenharia subaquática e na construção de poços de extração petrolífera em alto mar.

A Rolex forneceu o primeiro relógio com uma válvula de hélio aos mergulhadores da COMEX: o Submariner Ref. 5513. Uma marca distintiva destes modelos é o logótipo da companhia no mostrador, embora também existam versões nas quais a referência à COMEX aparece gravada no fundo. Estes relógios são atualmente muito procurados e alcançam valores acima de 50.000 euros. Já os primeiros protótipos do Sea-Dweller, que foram concebidos para alcançar profundidades de até 1.500 m, ainda que não possuíssem ainda uma válvula de hélio, são tão raros que são vendidos por valores de seis dígitos. Estes relógios foram usados pelos mergulhadores da marinha norte-americana.

Depois de todas estas experiências reais no mundo subaquático, a Rolex tinha finalmente as bases para lançar o Sea-Dweller, o que sucedeu em 1967. Este foi o primeiro relógio de mergulho comercial a vir equipado com uma válvula de hélio. Os modelos desta época possuem a Ref. 1665 e são facilmente reconhecíveis pela inscrição "Sea-Dweller" a vermelho no mostrador – uma característica importante para os colecionadores. Esta inscrição permaneceu intocada até 1977. Estes modelos são conhecidos pelo apelido "Single Red" ou "Double Red".

Em 1978, a Rolex fez algumas modificações ao Sea-Dweller, nomeadamente a cor da inscrição no mostrador que passou a ser branca. Além disso, passou a equipar o relógio com o calibre 3035, que veio substituir o calibre 1575. O número de alternâncias aumentou de 19.800 para 28.800 A/h, o que garante uma maior precisão cronométrica. A profundidade máxima também passou a ser de 1.220 m (4.000 pés). A outra grande mudança ocorre em 2008 com a introdução do Deepsea. Seis anos depois, o Sea-Dweller foi reeditado com o cognome 4000.

Tanto o Deepsea como o Sea-Dweller 4000 foram inspirados no Submariner, lançado em 1953. Os modelos mais recentes deste emblemático relógio são estanques até 300 m (30 bares) e estão, assim, perfeitamente vocacionados para mergulhos até esta profundidade. O Submariner é, pois, a melhor alternativa ao Sea-Dweller 4000, também da marca genebrina. Tanto este como o Submariner assentam numa caixa de 40 mm de diâmetro e, à primeira vista, são relógios bastante semelhantes. A maior diferença consiste no facto de o Submariner possuir uma lupa de aumento Cyclops para a data. No seu interior bate também o calibre 3135.

A Rolex lançou ainda uma edição limitada designada Deepsea D-Blue, em homenagem à viagem subaquática realizada por James Cameron em 2012. O realizador, que ficou famoso pelo filme Titanic, alcançou a Fossa das Marianas, o ponto mais profundo do oceano com quase 11 mil metros, com um Rolex especialmente desenvolvido para a ocasião, que foi afixado à parte externa do submersível. O relógio possui um mostrador em degradê, que vai do azul noturno ao preto mais intenso, reproduzindo os tons do fundo do mar.