A Omega é uma das marcas relojoeiras mais prestigiadas do mundo, e simboliza precisão e fiabilidade. Inovações como o escape coaxial ou o Master Chronometer contribuem para a excelente reputação da marca.
Fundada em meados do século XIX, a Omega é uma marca com uma reputação irrepreensível. Foi pioneira no campo da técnica relojoeira com inovações como o escape coaxial, que garante uma resistência eficaz aos campos magnéticos. A marca tem, desde 2015, uma parceria com o Instituto Federal Suíço de Meteorologia (METAS) que criou uma certificação própria para relógios resistentes até 15.000 gauss.
O catálogo da Omega inclui alguns dos mais famosos relógios de pulso do mundo. O Speedmaster Professional, que acompanhou os primeiros astronautas à Lua em 1969, é um perfeito exemplo da excelência e pioneirismo da marca suíça. Foi escolhido pela NASA como relógio oficial para o programa espacial norte-americano depois de ter sido submetido a testes exaustivos. Já o Seamaster é o relógio eleito por muitos mergulhadores profissionais há mais de meio século. Este modelo surge também no grande ecrã, a acompanhar o agente secreto britânico James Bond nas suas aventuras.
A par dos relógios mais técnicos, a Omega oferece também peças do tempo clássicas e elegantes, como o De Ville, o Constellation e o Globemaster. Os materiais nobres, como o ouro vermelho, amarelo ou branco, sublinham o caráter luxuoso destes modelos.
Modelo | Preço aproximado | Particularidades |
De Ville Tourbillon | 218.000 euros | Caixa em platina, turbilhão, movimento esqueletizado |
Constellation | 38.000 euros | Caixa de ouro, incrustado de diamantes |
Speedmaster Moonwatch Snoopy | 17.900 euros | Cronógrafo, aço, limitado a 1.970 exemplares |
Aqua Terra GMT | 5.000 euros | Segundo fuso horário, aço |
Seamaster Bullhead | 6.000 euros | Cronógrafo |
Seamaster 300 | 3.900 euros | Estanque até aos 300 m (30 bares), caixa de aço |
Um dos relógios mais prestigiados da Omega é, sem dúvida, o Speedmaster Professional Moonwatch . O cronógrafo foi lançado pela marca em 1957 e faz parte do equipamento dos astronautas da NASA desde meados de 1960, tendo entrado para a história graças à missão Apollo 11 como o primeiro relógio na Lua. Desde então, a Omega lançou inúmeras versões do Moonwatch. O Speedmaster Professional é o modelo que mais se assemelha ao original. A versão com calibre de corda manual, vidro plexiglas e fundo de aço inoxidável custa cerca de 3.100 euros. Se preferir a versão com fundo de vidro de safira, conte com uma verba de pelo menos 3.700 euros. O preço dos modelos vintage dos anos 60 oscila entre os 6.500 e os 9.200 euros.
Os modelos mais cobiçados pelos colecionadores, como o Speedy Tuesday, a versão de aço do 45.º Aniversário do Apollo 17, o Dark Side of the Moon ou o Co-Axial Master Chronometer Moonphase, têm preços semelhantes. Modelos como o Snoopy ou os Moonwatches com caixa de ouro são consideravelmente mais caros e os seus preços encontram-se entre os 11.000 e os 17.900 euros.
Além das diferentes versões do Moonwatch, esta coleção também inclui uma vasta seleção de outras edições interessantes do Speedmaster. O Speedmaster '57, por exemplo, presta homenagem ao primeiro Speedmaster de 1957. Os modelos Racing e Mark II também se inspiram nos seus antecessores dos anos 50 e 60. O preço destes relógios oscila entre 3.900 euros e 5.500 euros.
O Speedmaster 38 dirige-se ao público feminino e dispõe de uma caixa de ouro de 38 mm incrustada de diamantes. O seu preço ronda os 6.100 euros. Se prefere um relógio mais moderno, sugerimos o Skywalker X-33 ou o Spacemaster Z-33. Estes relógios multifuncionais movidos a quartzo possuem um mostrador analógico e digital, além de inúmeras funções como segundo fuso horário, cronógrafo, calendário perpétuo e alarme. O preço destes modelos encontra-se entre os 3.600 e os 4.100 euros.
A linha Seamaster é outra das pedras angulares do catálogo da Omega. A marca suíça oferece uma vasta seleção de modelos muito diferentes, todos eles com uma elevada estanquidade. Um dos modelos mais populares desta linha é o Seamaster 300 , que é estanque até aos 300 m de profundidade. O seu preço atual varia entre aproximadamente 3.900 euros, no caso dos modelos de aço inoxidável, e os 20.000 euros, no caso das versões em Sedna Gold, uma liga de ouro rosa própria da Omega. Os modelos vintage dos anos 60 custam cerca de 7.600 euros, em bom estado de conservação.
As linhas Diver 300M, Planet Ocean 600M e Ploprof 1200M destinam-se a mergulhadores profissionais. Os relógios destas linhas podem mergulhar a profundidades de 300 m, 600 m ou 1.200 m e são dotados de funções profissionais, como uma válvula de hélio ou um botão de segurança para a luneta.
Dependendo do material, um Ploprof 1200M custa entre 6.000 a 11.200 euros. O Planet Ocean 600 oferece caixas em tamanhos de 37,5 mm a 45,5 mm. Além disso, estão também disponíveis caixas em aço inoxidável ou em ouro. Os preços das versões de três ponteiros em aço inoxidável rondam os 4.200 euros, ao passo que as versões de ouro começam na casa dos 13.900 euros e, dependendo do modelo, podem alcançar os 16.500 euros. O cronógrafo Planet Ocean 600M em aço custa cerca de 5.400 euros e em ouro cerca de 19.500 euros.
O Diver 300M está disponível numa versão de três ponteiros ou cronógrafo em tamanhos de homem e de senhora. Os modelos de aço inoxidável com diâmetros de 28 mm a 44 mm custam entre 1.400 euros e 3.600 euros. Já as edições limitadas, como o Diver 300 ETNZ de titânio, que é dedicado à equipa de vela Emirates Team New Zealand, ascende aos 4.600 euros.
A linha Seamaster oferece três outros modelos muito interessantes: o Bullhead, o Railmaster e o Aqua Terra 150. O Bullhead possui uma caixa que faz lembrar a cabeça de um touro. É um relógio muito popular entre os colecionadores e os apreciadores de relógios mais invulgares. Os modelos da coleção atual custam cerca de 6.000 euros. Já o cronógrafo vintage de 1969 custa cerca de 4.000 euros.
O Railmaster faz parte do catálogo da Omega desde 1957 e foi originalmente desenvolvido para pessoas expostas a fortes campos eletromagnéticos. Os modelos atuais são capazes de suportar até 15.000 gauss e o seu preço ronda os 3.400 euros. Os modelos dos anos 50 ou 60 rondam os 13.500 euros.
Os relógios da linha Aqua Terra aliam a simplicidade de um relógio-instrumento com a elegância de um dresswatch. Estão disponíveis diversas versões em ouro com diamantes bem como com mostradores madrepérola em conjugação com correias de pele de crocodilo. Os modelos base de aço inoxidável rondam os 3.400 euros. Os modelos com função GMT ou os cronógrafos rondam os 5.000 euros. Se optar por um modelo de ouro e diamantes, o preço vai dos 11.300 aos 35.000 euros.
A linha Omega Constellation segue o elevado grau de exigência técnica presente no Speedmaster e Seamaster. Esta linha surgiu em 1952, caracterizando-se por grande elegância em modelos de três ponteiros. Ao longo dos anos, a linha evoluiu, tanto em termos de design como de funções. Os modelos surgidos em 1980 passaram a incluir uma luneta fixa com algarismos romanos. Pouco depois, a Omega introduziu as chamadas "griffes" ou garras, posicionadas às três e às nove horas. A renovação do design, fez-se também acompanhar de novidades técnicas, como um mecanismo de quartzo da mais elevada qualidade. Na linha Constellation, o destaque vai para o Marine Chronometer, conhecido como o relógio de pulso mais preciso do mundo. Desde 1967, a coleção passou a integrar uma série de relógios de ouro e pedras preciosas com um design luxuoso, dirigidos exclusivamente ao público feminino.
Os preços destas peças de alta relojoaria oscilam entre os 25.000 e os 38.000 euros. Os modelos mais simples de aço inoxidável custam entre os 1.800 e os 4.000 euros. Os modelos vintage dos anos 60 custam menos de 1.000 euros, no mercado de segunda mão.
A linha De Ville é ainda mais clássica e apela ao gosto de quem aprecia relógios ao estilo das manufaturas Blancpain ou Breguet. É por isso que nesta coleção se encontram relógios com elementos como números romanos, mecanismo turbilhão, assim como caixas fabricadas em ouro branco, amarelo ou rosa, que conferem a estas peças um estilo elegante e clássico. Esta série, nascida nos anos sessenta, caracteriza-se por diamantes engastados na luneta.
Neste caso, também é possível encontrar relógios antigos por menos de 1.000 euros. Os preços dos modelos da coleção atual variam entre os 6.800 e os 21.500 euros, dependendo do material. O preço de um De Ville Tourbillon esqueletizado em platina ascende aos 218.000 euros.
A história da Omega começa no distante ano de 1848. Nessa época, o jovem Louis Brandt decidiu abrir uma oficina de fabrico de relógios de bolso na aldeia suíça de La Chaux-de-Fonds, no cantão de Neuchâtel. Este relojoeiro, que trabalhava com outros pequenos artesãos da região, conseguiu comercializar as suas peças em países como a Itália, o Reino Unido e até na região da Escandinávia. Alguns anos mais tarde, a pequena empresa relojoeira, que gozava já de grande reputação, passou a ser gerida pelos filhos de Brandt. Foram eles quem deram o grande impulso à empresa, quando começaram a fabricar os seus próprios movimentos e transferiram a sede para Bienne, no cantão de Berna.
O nome Omega (a última letra do alfabeto grego) significa excelência e perfeição, características que simbolizam bem os relógios da marca.
Contudo, foi só em 1930, quando a direção foi assumida pela terceira geração, que o nome Omega foi oficialmente registado. Nesse mesmo ano, a empresa aliou-se à Tissot para fazer frente à crise causada pela Primeira Guerra Mundial. Sem nunca perder a sua identidade, a Omega continuou a produzir relógios de luxo, ao passo que a Tissot manteve como público-alvo a classe média. Com a chegada do quartzo, a situação mudou por completo para ambas as casas relojoeiras, submergindo o setor numa crise que só foi superada em 1983 com a criação do Grupo Swatch, ao qual a Omega ainda pertence hoje.
A Omega teve um papel crucial ao longo da história da relojoaria, distinguindo-se pelo seu espírito inovador e pioneiro. Entre as suas grandes inovações técnicas conta-se o primeiro relógio de pulso com repetição de minutos, lançado em 1906. Tratava-se de uma complicação totalmente inovadora para a época. Devido à elevada precisão cronométrica dos seus relógios, a Omega foi nomeada cronometrista oficial nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1932. A famosa casa suíça introduziu a primeira cronometragem eletrónica nos jogos de Helsínquia, em 1952.
Nos anos setenta, a Omega volta a surpreender, desta feita com o lançamento de um cronómetro com movimento de quartzo. Porém, foi com o calibre 1525, que dá vida a um cronómetro produzido para a marinha francesa, que a marca superou todas as expectativas em matéria de precisão cronométrica: no espaço de um ano, este apresentava menos de 5 segundos de desvio horário. Tratando-se de uma edição especial feita por encomenda, foi entregue com uma belíssima caixa de madeira com ferragens em latão.
Uma das últimas inovações da marca suíça prende-se com a resistência aos campos magnéticos. Em outubro de 2013, a Omega lançou o modelo Seamaster Aqua Terra, que marca o início de uma nova geração de relógios com um calibre que desafia o magnetismo de mais de 15.000 gauss. Este extraordinário feito deveu-se à utilização de materiais como o silício, um elemento semicondutor, que permitiu resolver um problema que foi sempre uma fonte de preocupação para os relojoeiros: o magnetismo. Em 2015, a marca apresentou o seu próprio selo de qualidade para relógios antimagnéticos.
As vantagens de se ter um Omega no pulso são sobejamente conhecidas, tanto por personalidades reais como fictícias, como o famoso agente secreto James Bond que usou um Seamaster no filme GoldenEye, de 1995. O oceanógrafo francês Jacques Cousteau também pôs à prova um Seamaster nas suas expedições subaquáticas. Outra celebridade que não se separava do seu Omega Seamaster Calender era o rei do Rock, Elvis Presley. As grandes celebridades não foram, contudo, as únicas que souberam apreciar a suprema qualidade destas peças únicas. Personalidades históricas como o presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy ou o líder chinês Mao Zedong elegeram um Omega para os seus pulsos. Inclusive o líder da União Soviética Michail Gorbatschow foi visto com um modelo da série Constellation. Não nos podemos esquecer do ator Tom Hanks, que usa orgulhosamente no pulso um Speedmaster Professional como recordação do seu papel como protagonista no filme Apollo 13.