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Rolex Milgauss – Um relógio magnético
Originalmente concebido para engenheiros e cientistas, o Rolex Milgauss é um relógio-instrumento de excelência. Graças à sua personalidade distinta e ao visual desportivo-elegante acaba por magnetizar qualquer um.
5 razões para comprar um Rolex Milgauss
- Proteção antimagnética até 1000 gauss
- Calibre 3131 da Rolex: cronómetro superlativo
- Imediatamente reconhecível pelo ponteiro dos segundos em forma de raio e pelo vidro de safira esverdeado
- Tamanho universal: caixa de 40 mm concebida em aço 904L
- Estanque até 100 m (10 bares)
Perfeito para cientistas, gestores e desportistas
O Rolex Milgauss ocupa um lugar muito especial na coleção Oyster. Foi o primeiro relógio da manufactura genebrina a ser equipado com um ecrã especial de proteção magnética que protege o mecanismo de fortes campos magnéticos. Entretanto, o relógio de piloto Rolex Air King passou também a vir equipado com esta proteção. Todos os outros relógios Rolex são dotados de uma espiral Parachrom e de um sistema de escape que integra uma roda de âncora fabricada num material antimagnético. O Milgauss, cujo nome se compõe das palavras "mil" e da unidade de medida do magnetismo "gauss", é imune a campos magnéticos até 1.000 gauss.
Além disso, graças ao fundo da caixa aparafusado e à coroa Twinlock, o Milgauss é estanque até uma profundidade de 100 m (10 bares). Por conseguinte, o Milgauss não só é o relógio ideal para cientistas, que se encontram expostos a fortes campos magnéticos, mas é também um relógio-instrumento que pode ser usado para nadar ou praticar desporto. Com um visual desportivo-elegante, é o relógio perfeito para o escritório e o companheiro ideal para gestores. Em termos de design, o Milgauss distingue-se pela sua caixa Oyster de 40 mm e pela bracelete de três elos, que alterna acabamentos polidos e escovados, contribuindo para a elegância desta peça. Um dos elementos mais dominantes é o ponteiro dos segundos cor de laranja em forma de raio que combina com a inscrição "MILGAUSS" também laranja e a escala dos minutos na orla do mostrador. O vidro de safira verde é outro dos elementos que fazem parte da imagem de marca do Rolex Milgauss.
Quanto custa um Rolex Milgauss?
Número de referência | Preço aproximado | Particularidades |
6541 | Mais de 150.000 euros | 1.ª geração, extremamente raro |
1019 | A partir de 20.000 euros | Relógio vintage raro |
116400GV | 6.400 euros | Vidro de safira verde |
116400 | 5.800 euros | Vidro de safira normal |
Preços em detalhe
Um Rolex Milgauss Ref. 11640GV com mostrador em azul-Z custa, novo, cerca de 6.400 euros. Os exemplares usados rondam os 5.600 euros. Os modelos com a Ref. 116400GV, com mostrador preto e índices laranja posicionados às 3, 6 e 9 horas, encontram-se também nesta faixa de preço. A abreviatura "GV" no número de referência refere-se ao "Glace Verte", ou seja, o vidro de safira verde. Sem este vidro especial, o Milgauss Ref. 116400 custa cerca de 5.800 euros, novo, e cerca de 5.000 euros, usado.
Os primeiros modelos Milgauss têm a Ref. 6541 e foram produzidos deste 1956 até ao início dos anos 1960. Estes modelos são atualmente tão raros que alcançam valores na ordem dos 150.000 euros em leilões especializados. Um modelo ainda mais raro tem a Ref. 6543 , dos quais foram produzidos pouquíssimos exemplares durante um período de tempo muito curto, antes do lançamento da Ref. 6541. A Ref. 6543 pode também alcançar os 150.000 euros. Devido à luneta preta giratória bem como à caixa e bracelete Oyster, estas antigas referências são muito semelhantes aos primeiros Submariner da Rolex.
Um modelo muito especial para os apreciadores de relógios vintage é o Rolex Milgauss Ref. 1019. Este modelo foi produzido desde o início dos anos 1960 até meados de 1988, um período de tempo consideravelmente longo, porém é também bastante raro. Isto deve-se ao facto de naquela época o Milgauss não ser propriamente um relógio muito popular e por isso terem sido produzidos poucos exemplares. Esta raridade torna-os atualmente particularmente interessantes para os colecionadores. Um relógio usado com a Ref. 1019 custa cerca de 20.000 euros, fazendo com que os modelos vintage sejam bem mais caros do que os modelos da coleção atual.
A história do Milgauss
O mecanismo do Milgauss está resguardado dos campos magnéticos por um escudo construído em ligas ferromagnéticas. A espiral patenteada Parachrom e o balanço também são feitos numa matéria antimagnética. O primeiro Milgauss da Rolex foi lançado em 1956, sob a Ref. 6541. Estes modelos são atualmente extremamente raros e atingem valores de venda bastante elevados. A Rolex concebeu este relógio para atender às necessidades dos cientistas e de outros profissionais que se encontram sujeitos a fortes campos magnéticos durante a sua rotina de trabalho. O modelo ficou particularmente conhecido por ter sido eleito pelos cientistas da Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN), situada em Genebra, onde a Rolex também tem a sua sede.
O primeiro Milgauss era capaz de suportar campos magnéticos de até 1.000 gauss. Esta unidade, que designava a densidade de fluxo magnético, foi batizada em honra do matemático alemão Karl Friedrich Gauss que introduziu a lei para os campos magnéticos (atualmente, a medida usada é o tesla). A Rolex deixou de fabricar o modelo em 1988, mas relançou-o em 2007.
Magnetismo: o inimigo n.º 1 do mecanismo
Os campos magnéticos foram desde sempre o maior inimigo do mecanismo mecânico tradicional de um relógio, em especial da espiral. Os efeitos do magnetismo podem comprometer a sua precisão ou, inclusivamente, causar uma paragem total. Isto não ocorre apenas em locais específicos, mas também no dia-a-dia, dado que qualquer aparelho eletrónico, incluindo telemóveis, sinais de aeroporto, fechos magnéticos de malas ou até mesmo os elétricos, podem interferir com o normal funcionamento do mecanismo. Prova disso foi uma avaliação feita pela manufactura alemã Sinn aos movimentos dos relógios dos seus clientes durante o serviço pós-venda, tendo se verificado que 60% destes estavam magnetizados.
Calibre com componentes antimagnéticos
Para combater os efeitos nocivos do magnetismo, o mecanismo dos Rolex Milgauss de última geração é dotado de uma espiral Parachrom, lançada pela marca em 2005, após 5 anos de investigação. A espiral é feita numa liga de nióbio e zircónio, com um revestimento de óxido azul, e é imune aos campos magnéticos. Outra medida para proteger o mecanismo dos efeitos dos campos magnéticos é a caixa interna em ferro que segue o princípio da gaiola de Faraday. Essencialmente, esta rodeia o movimento formando um ecrã que desvia os campos magnéticos. Além disso, a Rolex fabrica o escudo numa liga ferromagnética, cuja composição não foi revelada pela marca. A parte interna da caixa é composta de duas partes hermeticamente fechadas por parafusos, que protegem integralmente o movimento. Para assegurar que o mecanismo está realmente protegido, os únicos orifícios existentes são os que ligam o movimento à coroa e ao eixo responsável pelo movimento dos ponteiros.
A Organização Internacional de Normalização, mais conhecida como ISO, determina os critérios para a certificação de relógios. De acordo com a norma internacional ISO 764, um relógio deve ser capaz de resistir à exposição a um campo magnético de 4800 A/m mantendo a precisão de +/-30 segundos/dia, a fim de ser reconhecido como um relógio resistente ao magnetismo. O Milgauss suplanta estes valores largamente e, no que à precisão diz respeito, apresenta um desvio máximo de -2/+2 segundos ao dia, sendo também certificado pelo COSC.
Calibre de manufactura 3131 desde 2007
O Milgauss está equipado com o calibre 3131 de corda automática que apresenta uma reserva de marcha de 48 horas, batendo a 28.800 alternâncias por hora (4 Hz). Este movimento foi lançado pela marca em 2007, o mesmo ano do relançamento do Milgauss. Inclui uma função stop-seconds de paragem dos segundos para o acerto mais preciso da hora, com o auxílio, por exemplo, do sinal horário. Um calibre bastante idêntico a este é o 3135 que equipa o relógio de mergulho Sea-Dweller, embora este possua uma janela da data. No Milgauss, a Rolex prescindiu da data precisamente porque essa abertura poderia comprometer a proteção magnética do mecanismo.
Estanque até 100 m (10 bares) graças à coroa Twinlock
A caixa do Milgauss tem um tamanho médio de 40 mm, que assenta perfeitamente em qualquer pulso. É concebida em aço 904L de grande qualidade, um material extremamente resistente à corrosão. A estanqueidade garantida até 100 m (10 bares) permite que seja usado, por exemplo, para nadar ou fazer snorkeling. O sistema Twinlock, com duas juntas vedantes, garante ainda a hermeticidade da coroa.
O Rolex Milgauss está disponível em três versões, todas elas circundadas por uma luneta polida. Uma das versões inclui um original vidro de safira esverdeado apelidado "vidro de aniversário" sobre o mostrador preto, com índices cor de laranja e brancos. A versão com mostrador branco apresenta um vidro de safira incolor e índices laranja. Na versão com mostrador azul elétrico (denominado "azul Z" pela utilização de zircónio), resulta particularmente bem a combinação com o vidro de safira verde, dado que o acabamento azul metalizado de alto brilho, com efeito de raio de sol, cria reflexos entre o azul profundo e o azul água, dependendo de como a luz incidir sobre o mostrador. O ponteiro dos segundos em forma de raio é sempre laranja. Uma opção cromática que é tudo menos monótona.
Tal como a caixa, a bracelete Oyster do Milgauss é fabricada em superaço 904L, uma bracelete que é usada em muitos modelos da marca. No caso do Milgauss, a bracelete Oyster de três elos tem os elos centrais polidos e os laterais escovados. Graças ao sistema de extensão patenteado Easylink, o comprimento da bracelete pode ser ajustado facilmente em cerca de 5 mm, proporcionando maior conforto.
Relógios com certificado de proteção magnética METAS
O tema da resistência ao magnetismo tem ocupado outras manufacturas relojoeiras. A Omega tem-se destacado especialmente nesta área com a criação de um relógio resistente a 1,5 tesla (15.000 gauss), o Seamaster Aqua Terra. A marca tem, desde 2014, uma parceria com o Instituto Federal Suíço de Meteorologia (METAS) que criou uma certificação própria. Os relógios são sujeitos a vários testes que comprovam a resistência dos mecanismos a campos magnéticos com uma intensidade de 15.000 gauss.
A IWC é outra marca que se tem destacado neste campo, com a linha Ingenieur Automatic. O mecanismo deste modelo encontra-se protegido por uma caixa interior antimagnética em ferro macio, resistente a cerca de 1.000 gauss. Os modelos 756 da marca alemã Sinn também são capazes de resistir a campos magnéticos desta ordem.
De relógio-instrumento a relógio técnico para o dia-a-dia
O Milgauss foi concebido na década de 1950 para atender às necessidades específicas de cientistas e engenheiros que trabalhavam em ambientes com fortes campos magnéticos. Atualmente, o modelo original é um dos mais cobiçados relógios vintage de coleção e, devido ao facto de terem sido fabricados poucos exemplares, é bastante raro e caro. Um exemplar em bom estado de conservação pode chegar a alcançar valores na ordem dos cinco dígitos. Já o preço dos Milgauss mais recentes ronda os quatro dígitos. Sabe-se hoje que os campos magnéticos têm uma influência negativa sobre a precisão do mecanismo. A Rolex resolve este problema dotando o mecanismo de uma espiral Parachrom e de um sistema de escape que integra uma roda de âncora concebida num material antimagnético. Com uma grande personalidade e uma estética distinta, este é o relógio ideal para quem procura um Rolex diferente.